Ao lado de Chaplin e Harold Lloyd, Buster Keaton foi um dos primeiros a fazer comédia na história do cinema. São considerados os três palhaços do cinema mudo.
Keaton foi criado num ambiente de entretenimento chamado Vaudeville, uma mistura de teatro e circo muito popular no Estados Unidos entre 1880 e 1930.
O contrario de Chaplin, Keaton não usava muitos interlúdios em seus filmes e se apoiava quase que inteiramente na mensagem visual.
Suas piadas eram mostradas em todo o contexto da cena, não sendo necessário um dialogo ou explicação pra isso. E isso ele fazia com maestria.
As piadas eram chamadas de gags, um efeito cômico expressada pelo ator para exprimir um sentimento ou uma situação.

Em seus filmes, sempre matinha a mesma expressão facial passiva, sem nenhum sentimento ganhou o apelido de Palhaço que não ri. Essa sua característica causava no publico, em certas cenas, maior apreensão por externa o sentimento que o ator não sentia neles mesmos.
Sempre levava suas piadas muito a sério, a ponto de se arriscar bastante para fazê-las. Quase todas as cenas em que corre algum risco ele faz nas caras, sem muito apoio de segurança. Tudo pela comédia.
Começou a realizar filmes na década de 20, depois de fazer alguns pontas em filmes, passou a dirigir os seus próprios, mas desde o começo teve problemas com as produtoras que queria limitar sua capacidade criativa.
Apesar das limitações, teve uma década promissora e realizou grandes obras como Sete Oportunidades (1925), General (1926), O Homem das Novidades (1928) e Marinheiro de Encomenda (1928). Com a chegada do cinema sonoro em 1930, Keaton começa sua grande decadência. Com inúmeros problemas pessoas e sua carreira em declínio, ele se entrega ao consumo excessivo de álcool e piora sua situação, esse tempo fez comédias fracas e nada promissoras.

Até que em 1952 é convidado por Chaplin para participar de Luzes da Ribalta (1952), que conta justamente a história de um artista em decadência e esse filme o tira de sua própria. Com gás renovado, Keaton se recuperou, parou de beber e se casou novamente, fez algumas participações em filmes,teatro e TV.
Morreu em 1966 aos 70 anos.
Buster Keaton sobrevive até hoje, não só pelo seu gênio para a comédia, mas com sua colaboração para o cinema moderno com suas obras e com suas técnicas. Evidente isso nas obras de Wes Anderson, como podemos ver explicado no vídeo abaixo e impossível não ver as influencias dele no cartoons e desenhos posteriores á ele.
Um pouco da história de Buster Keaton.
E aqui um parte do filme Sete Oportunidades (1925)
Aqui podemos ver no que ele é melhor, o uso perfeito dos gags, corridas, fugas, saltos e escaladas. Um sequencia longa, mas com renovação da piada quase a cada nova cena. O cara era um gênio.
FILMOGRAFIA ESSENCIAL DA CARREIRA DE BUSTER KEATON
Todos os filmes e curtas estão completos e a maioria que precisa de legenda, está legendado.
Pegue a sua pipoca e de nada.